Domingo na casa da minha mãe, Trav. Sanches Oliveira, 370, centro, Afuá/PA Cozinha da Dal Hoje é o último domingo do ano. Por mais que pareça que, nos últimos dias, todo dia é domingo por conta das festas e comemorações, hoje é um domingo diferente. Nos domingos anteriores, eu estava lá em casa, no Nordeste, tomando um café demorado e ligando para quem mora aqui, nesta casa, nesta ilha. Às vezes, chorava de saudade e de tantas outras coisas — a gente vai aproveitando e chorando logo por tudo. Chorar ou estar triste aos domingos, para quem mora longe dos seus, é quase uma rotina. O domingo carrega um sentir, um cheiro, um barulho e, até mesmo, um gosto. É nesse dia da semana que almoçamos melhor, tomamos Coca-Cola e comemos sobremesas, ouvimos samba, e parece que ele faz mais sentido nesse dia, não é? Aos domingos, eu deixo de ser forte, me visto de algo diferente dos outros dias; acho que me visto de gente. Me vestir de gente me deixa mais pessoa, de carne, sem postura ereta, sem ...
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