Diante deles
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A maioria deles tem um poema
Às vezes esquartejados em palavras
Aquelas tão duras de cortar
Dou sempre o que de melhor tenho:
Meus poemas
Se trazem incertezas e medos
Apatias, por vezes
Os-deixo alí
Talvez seja o que de melhor conseguem
Não julgo, o sentir falado é para poucos
Sim, haverão fins de tardes
Os quais o sol não aparecerá se pondo
Mas não deixarão ser finais
São como “os quase”
É como se o amor começasse às 17h
E antes que as rosas falassem
Ele acabasse no anoitecer
Cuidado meu
Para não estender tanto
Enterro digno
Faço embelezar
Como fazermos com os mortos
Colocamos numa caixa com flores
Por vezes choramos
E falamos bem
Antes que vire cinzas
Repito
Dou o que melhor tenho
Nesse momento:
Este poema e
O Adeus.
Bárbara Primavera
Que lindo! Não importa como o poema vem, belo ou não, desde que fotografe o sentimento.
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